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![]() O Mecanismo de Defesa do Corpo A técnica do Renascimento funciona como um instrumento psicoterapêutico por meio da sua integração inerente das memórias bloqueadas, que atua como um processo purificador da psique. Para entender esse processo é essencial saber, primeiro, de que modo funciona a defesa psíquica do corpo. Numa pessoa saudável, o cérebro e o corpo funcionam harmonicamente. Um pensa o que o outro sente e vice-versa. No próprio cérebro há harmonia; tanto o hemisfério esquerdo como o direito agem reciprocamente em todos os processos. Quando não são satisfeitas as necessidades fundamentais do corpo, isso é constatado na forma de dor ou de tensão (tanto psicológica como física) no organismo. A experiência da dor ou da tensão é tão vital quanto a fome e o sono. A tensão é tão só o sinal do corpo no sentido de que se restaure a homeostase, assim como uma pessoa treme quando faz frio ou transpira quando faz calor. A tensão pode ser ativada pela falta de alimentação, dos cuidados necessários, de amor de outras necessidades essenciais para a sobrevivência e para o desenvolvimento, sobretudo durante os primeiros anos da nossa vida. Os animais privados das suas mães demonstraram em vários estudos que a falta de amor e de carinho podem prejudicar consideravelmente o sistema. Testes com macacos demonstraram que mesmo uma boneca feia feita de arame e com uma toalha será aceita por um macaco bebê na forma de mãe substituta. Efeitos semelhantes da privação maternal também foram tristemente exemplificados nos relatos recentes dos órfãos da Romênia. Devido ao fato de uma grande quantidade de tensão poder provocar conseqüências catastróficas, contra ela o corpo desenvolveu um sofisticado mecanismo de defesa. Desde o primeiro momento em que se dividem as células, o organismo desenvolve um sistema com o objetivo de assegurar o equilíbrio interior. A principal forma de defender o corpo da dor é tornar-se alheio a ela. Para a dor física, isso faz com que se fique inconsciente quando a dor é demasiada. Para a dor psicológica, o nível da comporta que controla a afluência para a consciência se altera, de sorte que continuamos sem consciência da realidade. Esse mecanismo de barragem funciona de duas formas. A realidade exterior é adaptada à verdade interior, e vice-versa. Qualquer coisa que a pessoa perceba como negativa e ameaçadora ao sistema é bloqueada antes que chegue à consciência. Deixamos de ter experiências conscientes com o que é por demais doloroso para a nossa integração. Não podemos estar conscientes de mais coisas do que o corpo ou a psique julgariam aceitáveis. Uma ameaça excessiva a nós mesmos pode causar uma sobrecarga de consciência e um total colapso do corpo. Uma pessoa pode morrer com um abalo. Os pensamentos excessivamente incômodos são transferidos para o subconsciente. São armazenados pelo hemisfério direito do cérebro. Esse hemisfério não dispõe de um sentido do tempo, o que significa que todas as coisas armazenadas dessa forma são conservadas na sua forma exata durante qualquer período de tempo, por vezes durante toda a vida de uma pessoa. Um pensamento armazenado no subconsciente também significa uma perda de contato com a dor original; no entanto, isso não significa que pare de ter um efeito sobre o comportamento; ela tão-somente deixa de ter um sentido imediato. Muitas pessoas têm uma vaga impressão da existência de uma força oculta que está além do seu comando. Essa impressão é gerada pela tendência que o subconsciente tem de exercer um impacto mais forte do que o pensamento comum pelo fato de estar fora do alcance do controle da vontade consciente. Quando o pensamento subconsciente é revelado, a reação mais comum é a seguinte: "Tudo isso faz parte dele?" O primeiro acontecimento que foi bloqueado pode ter causado uma reação como uma pedra lançada na água de uma onda de sentimentos. Pelo fato de desconhecer-se a origem das lembranças, elas podem aos poucos adquirir uma importância cada vez maior, já que a imaginação tem certa tendência para influenciar as percepções, sobretudo quando há um elemento de tensão envolvido. Freqüentemente, isso pode ter um efeito negativo no sentido de que certa perturbação psicológica de grande impacto sobre a vida do adulto pode ser causada por um pequeno incidente que tomou vulto com o passar dos anos. Um exemplo disso são as fobias. Por exemplo, o medo da altura, que pode remontar a uma sensação desagradável de "ter sido abandonado" fora do útero devido à falta de carinho quando a pessoa era um recém-nascido. Gunnel Minett | Voltar | ![]() |
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