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![]() A Origem do Sistema de Defesa A formação do sistema de defesa do corpo é uma das primeiras fases do desenvolvimento humano. A principal necessidade dos antigos seres humanos (os hominídeos) era a capacidade de mobilizar todos os seus recursos a fim de sobreviver aos ataques dos animais ou dos outros seres humanos. O pensamento claro e racional era mais importante do que as experiências emocionais; para evitar os perigos imediatos, era necessário estar em vigilância durante um curto período de tempo, mas num grau máximo, independentemente da tensão do corpo. Tendo passado a ameaça, o corpo poderia uma vez mais repousar e repor seus recursos. O cérebro do homem da caverna tinha de estar alerta quanto a situações de perigo, não ser dominado por elas e ser capaz de tomar as decisões certas para sobreviver. Uma função fundamental do mecanismo de defesa era adaptar as impressões do mundo exterior a um nível interior aceitável. Idealmente, essas impressões deveriam ser conservadas num nível que permitiria ao corpo funcionar adequadamente em todas as épocas. Se se permitisse às impressões que alcançassem o cérebro com toda a intensidade, a pessoa poderia sofrer paralisia ou morrer devido ao choque. Desenvolveu-se, pois, um sistema que se desvia da consciência, enviando informações diretamente para diversas partes do corpo na forma de reflexos simples. Esse reflexo à maneira de "atalho" também se manifesta fisicamente quando, por exemplo, uma pessoa afasta os dedos de um fogão quente antes de ter consciência de que a mão está se queimando. Toda espécie formou o seu padrão único para a sobrevivência. Para o ser humano, esse padrão equivale à especialidade do cérebro quanto a deduzir novos comportamentos a partir de experiências anteriores. O cérebro funciona quase como uma câmera de vídeo, captando e registrando os pormenores de todo um acontecimento a fim de os “reprisar” com segurança. Quando todo o conhecimento é integrado no corpo, a memória, em si mesma, é algo desnecessário, e, portanto, se apaga. A maneira com que observamos o mundo que nos cerca não nos fornece um retrato objetivo. Os olhos registram e enviam sinais que são interpretados e processados pelo cérebro para formar um quadro. O que a pessoa percebe como uma "imagem objetiva” é uma dedução ou uma construção proveniente do cérebro. Esse processo envolve seus dois hemisférios. O quadro é criado pelas deduções lógicas e racionais com base na informação exterior registrada pelos sentidos, em combinação com as reações emocionais e sensoriais a essa informação. Esse processo ocorre sobretudo no lado esquerdo, mas está baseado nas informações advindas das experiências anteriores armazenadas no lado direito. Posteriormente, essas imagens se acrescentam ao conhecimento armazenado (sabedoria) no hemisfério direito. É essencial ter em mente que a meta constante desse mecanismo de defesa é a conservação do comportamento racional. Toda decisão racional haverá de se basear tanto na situação atual como nas memórias conscientes e subconscientes advindas de várias situações anteriores comparáveis; entretanto, a consciência só estará ciente das informações conscientes. As memórias anteriores, que sejam subconscientes, não serão passíveis de ser alcançadas. Por conseguinte, às vezes é difícil detectar o elemento de racionalidade na nossa conduta, no momento em que partes das informações fundamentais estão além do alcance da nossa mente consciente. O comportamento é, pois, muitas vezes considerado incorretamente como irracional e fora do contexto, quando o verdadeiro problema equivale a estar fora de sincronia. Isso quer dizer que o comportamento é racional, mas não necessariamente no que diz respeito à situação presente. As reações podem se basear tanto nas experiências passadas como nas experiências presentes, mas apenas a situação presente é acessível ao nosso entendimento consciente. Gunnel Minett | Voltar | ![]() |
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